Com natas, acompanhado por grão, à Brás, à lagareiro, à zé do pipo ou cozido com couves no Natal...Estas são apenas algumas das muitas formas de confeccionar o tão apreciado bacalhau, descoberto pelos portugueses no século XV e que depressa se tornou uma iguaria nacional e internacional.
Devido à sua transversalidade, Santarém - que pretende afirmar-se como Capital Nacional da Gastronomia -, e cidade eleita para a sede das “7 Maravilhas”, que este ano tem como tema a gastronomia portuguesa, entendeu organizar e trazer até à Scallabis um evento alusivo a este peixe do mar “tão querido” na mesa dos portugueses.
Originário das águas frias e límpidas dos mares que circulam no Atlântico Norte, o bacalhau, mundialmente apreciado, é um alimento milenar.
Durável e com um sabor muito agradável, este nobre pescado é talvez o alimento que pode ser preparado das mais diversas formas, com os distintos temperos, e adapta-se a uma infinidade de iguarias no mundo inteiro.
Conhecido como o “fiel amigo” da mesa portuguesa, um prato com bacalhau, é certamente, uma aposta certa para um verdadeiro manjar dos deuses. Aliás, existem 1001 receitas feitas à base de bacalhau. Um peixe que, em Portugal (o maior consumidor do mundo deste precioso peixe), foi e é eternamente de todos: ricos e pobres.
Antigamente não havia conservação dos alimentos pelo frio, através de frigoríficos. Para tal, tinha que se recorrer à salgação do bacalhau. Um facto que permitiu que os portugueses pudessem sempre depender do bacalhau seco e salgado para fazer uma refeição. Quando não havia outra comida para preparar, lá estava o bacalhau. Pronto a ser cozinhado, a despertar paixões e a inspirar famosos escritores.
“Os meus romances, no fundo, são franceses, como eu sou, em quase tudo, um francês – excepto num certo fundo sincero de tristeza lírica que é uma característica portuguesa, num gosto depravado pelo fadinho, e no justo amor do bacalhau de cebolada!”
Eça de Queiroz
Site: Grande Festa do Bacalhau 2011