Permitam-nos que vos anunciemos de imediato: a Sardinha saiu, uma vez mais, à rua! Porém estas que vos trazemos em 2011 são o verdadeiro, o genuíno “substantivo colectivo”! Dizemos “sardinha” como quem diz, nem mais nem menos, trezentas…. Um cardume de pura inspiração! Pois é, a sardinha está ainda mais nossa, mais de todos nós. É este o felicíssimo final de um desafio a que chamámos “Queremos a tua sardinha!” e, ainda bem que muitas centenas, milhares, quiseram que nós quiséssemos!
Eis um novíssimo e colorido cardume, originalíssima obra de um colectivo que, no próximo mês de Junho, nos trará, entre muitas outras coisas, a celebração dessa obra ímpar, dessa criação única, também ela expressão máxima de um colectivo, que doravante partilhamos com todas as culturas do Mundo. Foi sobretudo esse o desejo que há um ano ficou expresso na entrega formal da Candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade. Nada mais natural portanto que a Cidade Festa, a muitas vozes, revele em 2011 a sua verdadeira dimensão.
Por isso, quando todos desejamos como um só, a melhor maneira de o exprimirmos é criando e recriando a Cidade, os seus espaços, confundindo os seus tempos, arriscando novas propostas e novas leituras. É essa “Lisboa que será” que vos propomos nesta nova programação das Festas de Lisboa’11. Partimos de um encontro marcado em duas praças: o Terreiro e o Rossio com a Baixa de permeio e, durante trinta dias, ousaremos as mais diversas experiências e tentaremos as mais inesperadas combinações: subiremos as colinas, tomaremos (de assalto!?) os transportes públicos, correremos junto ao rio (nele viajaremos), cantaremos e dançaremos, invadiremos o Castelo, bloquearemos o trânsito, percorreremos a Avenida, ouviremos o Silêncio e o Mediterrâneo também, inventaremos fachadas, escalaremos elevadores, seremos sempre FADO, mesmo sem dar por isso, e descobriremos, finalmente, tantos outros, para além daqueles que supúnhamos ser nós.
Depois chegará, como sempre chega, a última noite…!
Fonte e programação: Festas de Lisboa