Comboio Noturno Para Lisboa trará à nossa Capital espectadores de todo o mundo. Estreia 21 março 2013

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A partir do livro de Pascal Mercier, o realizador Bille August tomou as rédeas no sentido de o transportar para a tela. Jeremy Irons é o actor principal que salva uma desconhecida que se preparava para cometer suicídio numa ponte da Suiça, onde este era professor.

Depois de a salvar leva a pobre rapariga para a sua aula mas ela foge deixando para trás o seu casaco. É então que no bolso, Raimund Gregorius (Irons) encontra um livro português, com dois bilhetes de comboio para Lisboa. Na tentativa de apanhar a mulher na estação corre em direcção ao comboio onde parte para a nossa capital para viver uma grande aventura na descoberta do escritor e das personagens daquele livro que encontrara...

No filme há ainda a presença de actores portugueses, ainda que em pequenos papéis, como Marco D'Almeida, Adriano Luz, Beatriz Batarda e até Nicolau Breyner. Foi com estes dois últimos que o Hardmusica falou e Beatriz, que interpreta Adriana de Prado quando era mais nova (no presente o papel ficou entregue a Charlotte Rampling) afirmou que este foi um papel com muitos filtros.

Desde logo o filme é condicionado por ser uma adaptação de um livro e ter um ponto de vista do argumentista, ou mesmo a própria realização de Billie August, depois há o pormenor de Beatriz Batarda ter de interpretar um personagem que já existe na história por uma outra actriz e para isso, como Charlotte Rampling já tinha tudo gravado quando batarda começou as suas gravações, teve tempo de estudar e preparar o comportamento e as opções tomadas por Rampling.

A actriz referiu ainda que “é induzir as pessoas em erro se dissermos aos portugueses que vão ver um filme que de alguma forma documenta um determinado tempo da nossa história. Isto é tirado de um romance e a história é ficcionada. É um filme para ser visto por milhares de pessoas, portanto é um filme comercial, e não tem qualquer intenção de documentar nenhum acontecimento da nossa história, há um olhar aproximado mas ficcionado que faz referência à nossa revolução”.

E também a opinião de Batarda é positiva: “Se não gostasse gostasse, por contracto não poderia dizê-lo mas temos a sorte de a minha opinião ser agradável. Eu acho que é um filme extremamente honesto, muito bem filmado e o argumento foi escrito com muita inteligência, embora que arriscado, porque manteve essa sensação de storytelling, de testemunhos, mas introduzindo flashbacks, onde se salta de personagem em personagem e cada um conta a história, e penso isso foi um risco bem conseguido.”

Nicolau Breyner é perempetório em afirmar que “quando nós trabalhamos com excelentes profissionais a experiência é sempre boa”. E salienta o facto de Lisboa estar em todo o lado neste filme acreditando que “a grande actriz deste filme é Lisboa” e que “esta é uma promoção tremenda. Deixem-se de cartazes publicitários e vamos fazer cinema em Portugal”.

Nicolau não lê críticas “e sei que eles não gostam disso em mim”, mas acha este “um filme mágnifico! É filme sobre gente, sobre paixões sobre sentimentos contraditórios, incertezas, angustias e é no fundo aquilo que queremos ver no cinema: algo que nos faça mexer na cadeira.”

Fonte: Jornal Hard Musica | Reserve Alojamento em Lisboa no Booking.com